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A essência de um encontro de emoções: o que acontece no “Nós, as Mulheres!”

A cada finalização de um novo encontro “Nós, as Mulheres!” ouvimos o mesmo depoimento: “não temos palavras para descrever o que foi este encontro”.

Resolvi acessar um dicionário de sentimento para tentar descrever com muita emoção o retrato das oficinas que acontecem num final de semana transformador.

Sempre acreditei que somente por meio da EDUCAÇÃO é possível transformar pessoas. Porém, Paulo Freire foi além ao dizer que a educação transforma pessoas, PESSOAS transformam o mundo. Mais profundo foi Mahatma Ghandi ao dizer: “SEJA a mudança que você quer ver no mundo”.

A StarWays entrega o que promete: pausa, conexão consigo mesma, introspecção e diversão. Costumo dizer que NÃO é congresso, seminário, workshop, summit, não são aquelas palestras que assistimos sentadas em nossas cadeiras. O que oferecemos é ENCONTRO, com liberdade para participar ou não, com você mesma. Entra na roda e tudo vai acontecendo com leveza e muita risada, e, no final, o resultado acontece.

Essa roda começou com encontros despretensiosos com a intenção de unir mulheres para juntas, fazermos o que mais gostamos: Rir e trocar receitas! Tomou corpo, sentimos necessidade de estar em contato com a natureza e então realizamos o primeiro encontro presencial em dezembro de 2020.

Oficinas e Oficineiras. A equipe se prepara anteriormente com um pano de fundo que costura uma oficina na outra e o todo fica preenchido de acolhimento, aprendizados, trocas, segurança e alegrias.

1º Encontro “Nós, as Mulheres!” – 05/12/2020 – Espaço Natureza Arco Íris

Desde a chegada deixamos as Mulheres muito livres para que elas iniciem o processo de busca interior desde o reconhecimento local e a busca da sua acomodação. Ambientes muito bem preparados, decoração rústica e agradável. Alimentação natural preenche o corpo físico enquanto oferecemos alimento para a alma.

Ah! O calor da fogueira! Esse é um momento incrível, afinal, é uma Roda de Mulheres que ainda nem se conhecem, em torno do fogo que as une como um ritual iniciático.

Despertar com sons produzidos de forma natural. Meditar. O primeiro contato com seu silêncio interior.

As mãos e o coração. Ao escolher o material que será usado para a construção do seu trabalho manual, já são despertadas memórias afetivas, recordações que estimulam a criatividade. E, então, as mãos produzem ou reproduzem a partir do coração. Um ponto, um nó, uma costura, Um fio. A agulha, a tesoura e a magia acontece!

Autocuidado. Saúde da Mulher. Autoconhecimento. Saúde íntima. Sexo. Neopompoarismo. Em posse de informações importantes podemos proporcionar prazer e satisfação ao corpo necessários para a manutenção da saúde física e mental. Liberdade para questionamentos, segurança e acolhimento de histórias que eventualmente são trazidas. E, claro, muitas risadas!

A magia aparece novamente na Dança Flamenca. O ritmo, a batida da música, da palma da mão, dos pés no chão e do coração. Tudo em sintonia. O movimento das mãos aproxima seu olhar ao seu íntimo e de lá expressa-se a vontade de bater o pé no chão no momento certo, na cadência da coreografia.

O termo oficineiras tornou-se uma demonstração de carinho pela equipe que faz com que tudo aconteça em harmonia e com leveza. Todavia, chega a hora de, literalmente, colocar a mão na massa, a oficina do Pão. Misturar ingredientes. Acompanhar o processo. A necessidade da pausa. O alimento. Trocar receitas é uma das habilidades mais ancestrais entre as Mulheres. Memórias de refeições em família, reflexões sobre o que é comida e qual a relação com o afeto.

Por falar em lembranças, de cada oficina leva-se uma, ou várias, memoráveis e transformadoras lembranças capazes de ressignificar, quebrar padrões ou crenças como: “eu não sei dançar”, “eu nem sei colocar a linha na agulha”, ”não tenho mão boa para massa”, ”eu tenho dois pés esquerdos”, “já me conheço o suficiente”, “minha cabeça é muito racional, não dou para trabalho manual”, “sou muito ansiosa, não consigo meditar” …

Até mesmo antes dos depoimentos chegarem às nossas mãos, já era possível observar o sucesso da transformação nas Mulheres que participaram. Algumas tiraram projetos da gaveta e em poucos dias brilhavam com suas realizações. Outras tomaram coragem e se sentiram seguras o suficiente para virar a mesa e sair da zona de conforto (nem tão confortável assim…)

Até nós da StarWays precisamos rever a programação e acertar arestas afinal, quando estava tudo pronto para repetir a dose e lançamos o segundo encontro, para nossa surpresa, tivemos Mulheres se inscrevendo para participar novamente. No reunimos novamente com a oficineiras e entendemos a necessidade de criar, recriar e cocriar cada oficina a cada novo encontro. E assim foram 4 encontros presenciais e dois encontros online para acolher quem não pode estar conosco, ainda, no final de semana todo em meio à natureza.

E, por falar em acolhimento, finalizo com uma breve descrição do local que nos acolheu nos encontros. Ao passar pelo portão de entrada temos a sensação de atravessar um portal para um jardim secreto. A paisagem da Mata Atlântica surpreende. Árvores, flores, lago. Visão perfeita do céu do nascer ao pôr do Sol. Pássaros, sons que preenchem nossos vazios da vida cotidiana da casa, do trabalho, dos filhos, do cuidar. Nada melhor que cuidar de nós mesmas para poder enxergar a necessidade do outro buscando harmonia e equilíbrio nas relações.